Expansão à vista: mercado pet projeta crescimento de 15% entre 2023 e 2024
Em relação a cães e gatos, a Comissão de Informação de Mercado (Coinf) do Sindan, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, prevê um movimento crescente do segmento Pet: 15,8% em 2023; e de 15% para 2024.
De acordo com o sindicato, essa tendência está diretamente relacionada ao crescimento da participação desses animais na indústria veterinária. Atualmente, o Brasil ocupa o 3° lugar no ranking mundial de países com mais pets no mundo, totalizando uma população de 149,6 milhões de animais de estimação no País.
Há dez anos, os pets representavam uma fatia de 15% nas vendas do setor e, em 2022, o número chegou a 25%. Mesmo com as dificuldades econômicas provocadas por uma pandemia, houve um aumento de 30% de animais de companhia nos lares brasileiros no ano de 2021.
“Isso demonstra de forma bastante consistente que a ampliação dessa indústria está muito relacionada ao compromisso dos tutores em oferecer o melhor em alimentação e saúde para seus bichinhos”, reforça o vice-presidente executivo do Sindan, Emílio Carlos Salani.
Brasil ocupa o 3° lugar no ranking mundial de países com mais pets no mundo, com 149,6 milhões de animais de estimação
Diante das projeções de subida contínua, há uma forte mobilização do mercado de produtos e serviços para atender a essa demanda. Desde empresas que oferecem alimentos especializados, cuidados veterinários e outros acessórios que contribuem não apenas com a saúde, mas também com o bem-estar desses animais.
Além disso, novas empresas têm surgido para atender a nichos específicos do mercado, como alimentos naturais e orgânicos, roupas para animais de estimação e serviços de creche.
Levando em conta que o mercado pet possui características especiais e demanda abordagem veterinária e mercadológica diferente do restante do segmento – no caso dos animais de criação, por exemplo – tais dados reforçam que o setor tem muito a ganhar com a tendência, tanto pela crescente empregabilidade dos veterinários quanto para a evolução de estabelecimentos comerciais no Brasil.
“É importante lembrar, no entanto, os animais de produção têm extrema importância para a indústria veterinária brasileira, fato comprovado pelas projeções que apontam para um crescimento de 11,3% este ano, em relação aos ruminantes, resultado alavancado pela retomada do mercado leiteiro e por uma melhora nos custos de produção”, conclui Emílio Salani.
Para a Comissão de Animais de Companhia do Sindan (Comac), dentre os fatores que contribuem para a busca crescente pelos companheiros de quatro patas estão a conscientização a respeito dos benefícios promovidos pelos animais de estimação para a saúde e o bem-estar das pessoas e a relação cada vez mais afetuosa entre tutores e seus pets.